Alguns cidadãos se amontoavam na frente do Senado de Roma.
Todos estavam ali para ler as tábuas que foram pregadas mais cedo na parede, feitas
à mão, contendo as principais notícias políticas, econômicas e sociais do
Império Romano. Por elas, a população sabia sobre os decretos, os processos judiciais,
as guerras e as mortes. Elas eram chamadas de Actas diurnas, e são consideradas
os primeiros jornais da humanidade.
Os estudiosos apontam seu surgimento no século II A.C. - Possivelmente
em 131 A.C. Os escravos e funcionários públicos eram responsáveis por buscar
informações e acontecimentos para as diversas Actas que existiam. O próprio
Senado romano teve seu periódico próprio, provavelmente confidencial, com os
resumos das sessões do órgão público. Ainda existia outro tipo, a chamada
Annalis Pontificium, que explanava os principais acontecimentos da história de
Roma, e era fixada nos muros da casa do Sumo Pontífice.
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Senado Romano |
Em 59 A.C. Julio Cezar disponibilizou para o povo as Actas
do Senado, as quais se tornaram populares ao ponto de englobarem as diversas
Actas Diurnas que existiam. Após ficarem tempo suficiente na capital, elas
ainda eram levadas até as províncias mais distantes, através das grandes e estruturadas
redes de comunicação.
No entanto, com a divisão do império romano e a transferência
da capital para Constantinopla, em 330 D.C., as Actas Diurnas deixaram de
circular. Pondo fim, assim, aos “jornais” responsáveis pela identidade cultural
da sociedade romana.
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