Por Matheus Soares
“A fonte anônima mais famosa da história americana”. Assim
foi denominado, pelo jornal The New York Times, o “Garganta profunda”. Foi por
meio dele que os dois jornalistas do Washington Post guiavam as investigações
do escândalo Watergate.
Carl Woodward geralmente
o encontrava em um estacionamento subterrâneo, apenas para confirmar ou negar
os dados obtidos. O jornalista prometera contar seu nome só depois que a fonte
morresse.
Porém, em 2005, o ex-vice-presidente do FBI, William
Mark Felt, revelou ser o “Garganta profunda”. O mistério chegaria ao fim 33
anos depois do escândalo, por um artigo escrito pelo advogado da família Felt
para a revista Vanity Fair.
Felt era vice-presidente do FBI quando estourou o escândalo
do Watergate. Ele liderou as investigações do caso e, dessa forma, sabia que
Nixon tentava abafar o escândalo. “Felt acreditava que estava protegendo a
agência (FBI) ao encontrar uma maneira clandestina de vazar informações dos
interrogatórios e arquivos do FBI para o público, a fim de construir uma
pressão pública e política para que Nixon e sua equipe fossem responsabilizados”,
disse Woodward.
No entanto, Nixon deixou de nomear Felt para o cargo de presidência da agência, para colocar alguém de fora do FBI, em maio de 1972. Há quem diga que isso teria motivado o agente a contribuir com os jornalistas do Post, mesmo o próprio tendo negado a
hipótese.
WOODWARD E FELT
Marc Woodward conheceu Felt em uma sala de espera, na Casa Branca, quando o jornalista trabalhava na marinha americana. A partir disso, o repórter mantinha contato com o agente, o qual já
servia de fonte anônima antes mesmo do caso Watergate estourar. No início, Woodward o chamava de MF, que, além de serem as
iniciais de Mark Felt, significa My Friend (Meu amigo).
Logo após o esclarecimento público de Felt, em 2005, Woordward escreveu um artigo para o Washington Post tratando sua relação com o agente do FBI e como tudo começou. "Eu estava esperando e por um momento um homem alto e com um perfeito penteado de cabelos grizalhos sentou ao meu lado", escreveu o jornalista. No entanto, três anos depois do anúncio, Mark Felt falece.
Logo após o esclarecimento público de Felt, em 2005, Woordward escreveu um artigo para o Washington Post tratando sua relação com o agente do FBI e como tudo começou. "Eu estava esperando e por um momento um homem alto e com um perfeito penteado de cabelos grizalhos sentou ao meu lado", escreveu o jornalista. No entanto, três anos depois do anúncio, Mark Felt falece.
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