sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Estudantes de comunicação social são protagonistas na realização da SECOM


Por Vívian Lucena
    O blog fala foca conversou com João Victor Pereira, Coordenador de Assuntos Acadêmicos do CABW e estudante do sétimo período de jornalismo, e com Vitória Menezes, que faz parte da 59mil e cursa o segundo semestre de publicidade. Ambos são uns dos organizadores da primeira semana de Comunicação da UFRN (SECOM) e falaram um pouco sobre o evento.
   João Victor conta que o projeto de fazer a Secom nasceu em maio. Inicialmente, era um encontro menor com palestrantes e profissionais apenas do estado, a equipe do CA chegou a fazer divulgação, ação de marketing e todos os preparativos para o evento ser realizado nesse mesmo mês. Mas o projeto não pôde ser concluído, pois coincidiu com o período de paralisação dos ônibus e os estudantes não tiveram acesso à universidade. O projeto foi reaceso em setembro, quando os universitários voltaram do ENECOM (Encontro Nacional dos Estudantes de Comunicação, aconteceu entre os dias 13 e 20 de julho na Universidade de Brasília) ainda mais entusiasmados e com novas ideias para incluir na semana.
    A parceria entre as habilitações do curso nasceu involuntariamente, a 59mil também já estava com a ideia do evento pronta e as propostas eram bastante compatíveis. “Foi aí que surgiu o evento de comunicação, sem a segmentação das três habilitações e com uma abrangência de assuntos bem maior” disse. A partir disso, eles conseguiram o apoio, apesar de limitado, do CCHLA e da nova gestão do departamento.
   Os desafios para a realização de um evento desse porte são incontáveis, ainda mais com um prazo de tão pouco tempo. Vitória fala que a produção do evento só foi iniciada efetivamente na terceira semana de setembro e só tem até o fim do mês para encerrar os preparativos. Desse modo, o dia-a-dia dos organizadores fica muito corrido, afinal eles também são alunos. Além disso, tudo na universidade é muito burocrático, então quando a equipe se dispõe a organizar um evento com um prazo pequeno aparecem muitas dificuldades, “cada problema que aparece, tem que procurar um chefe (de departamento) diferente”, afirma João Victor. “Nós não temos apenas que falar com o pessoal do departamento, é necessário insistir mesmo”, completa Vitória. Eles ainda falaram que a semana tomou proporções bem maiores que as esperadas, o número de inscrições surpreendeu: já foram uma média 350 pessoas inscritas.

   João Victor e Vitória Menezes encerram a entrevista falando que uma das principais finalidades do evento é mostrar a capacidade dos alunos que estão aplicando aquilo que aprenderam e desenvolveram ao decorrer do curso. “É uma Semana de Comunicação; não é de publicidade, jornalismo ou rádio” completam.


Semana de Comunicação
A Semana de Comunicação (Secom) está sendo desenvolvida pelo Centro Acadêmico Berilo Wanderley (CABW), pela Empresa Junior de Publicidade 59mil – única empresa júnior do curso de comunicação social da universidade – e pelo Coletivo ENECOS Potiguar. O evento acontecerá entre os dias 1 a 5 de outubro nos auditórios da universidade, as inscrições estarão abertas até hoje (28). Os estudantes da UFRN contribuem apenas com um quilo de alimento e não precisam pagar a taxa de cinquenta reais para as demais pessoas.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Aliados digitais

Alice Andrade
   A cena era rotineira: início da manhã, diariamente, o jornal era recolhido e lido pela maioria das pessoas. Em casa, no trabalho ou nos mais variados ambientes de convívio social, a leitura dos jornais impressos era um hábito cultivado por muita gente para se obter informações. Apesar de não ter tido, aqui no Brasil, tanta abrangência como em outros países (Inglaterra, Japão e Estados Unidos, por exemplo), os periódicos sempre foram importantes veículos de notícias e uma das melhores maneiras de se informar.
   No entanto, os tempos mudaram. Vivemos em um período de crescente desenvolvimento tecnológico e somos rodeados pelas várias ferramentas de convívio virtual. Outrora o público apenas lia, hoje troca informações. As redes sociais – como Twitter, Facebook, LinkedIn e MySpace – permitem que os usuários interajam entre si e também com os veículos de mídia, tirando os consumidores de informação do papel inercial de apenas absorver conteúdos e tornando-os também produtores de comunicação. Com isso, observa-se que a leitura dos impressos diminuiu bastante, especialmente entre os jovens.
   Para confirmar tal fato, o Fala,Foca! consultou 121 pessoas pelo Facebook nos dias 05 e 06 de setembro deste ano. A pergunta central era: “Você costuma ler jornais impressos?” e o resultado foi impressionante: 94,2% das pessoas questionadas deram uma resposta negativa. Vale salientar que, entre os entrevistados, havia vários estudantes de comunicação, inclusive com habilitação em Jornalismo. Além disso, muitos afirmaram que a internet é a principal maneira com a qual se mantêm informados devido a sua praticidade.
   Nesse contexto, o que se percebe é que parar no tempo foi uma opção descartada pela maioria dos jornais. É totalmente comum encontrar versões online dos impressos e também conteúdos adicionais nos sites, os quais não são vistos nos jornais de papel. Uma fanpage no Facebook ou uma conta no Twitter, por exemplo, foram formas encontradas pelas empresas jornalísticas de utilizarem as redes sociais como aliadas na produção dos conteúdos.
   Dar aos usuários das redes sociais e até mesmo da internet, de uma forma geral, a oportunidade de interação dentro do contexto da produção do jornalismo é um diferencial enorme em relação à folha impressa. É preciso, entretanto, que haja cautela por parte dos veículos de comunicação na hora de analisar a abordagem utilizada em cada espaço, pois as redes sociais são diferentes. Elas assumem características distintas dentro de um espaço diferenciado, cujo público de acesso maior também apresenta um perfil bastante peculiar.
   A idéia é perceber as redes sociais como aliadas do processo de criação do jornal impresso, interação e disseminação da comunicação como um todo, cuja velocidade de propagação dos conteúdos é bem maior e com um alcance relevantemente mais elevado. Seria uma ferramenta de auxílio, não uma substituição, visto que a internet e a mídia impressa são espaços totalmente distintos e podem coexistir. Em síntese, pode ser o avanço da possibilidade de feedback, o que contribui, mesmo que ainda nos primeiros passos, para uma comunicação mais democrática.

#curiosidades


   Em meados do século 17, imprimir um livro ou documento era considerado pecado no mundo mulçumano. Isso ocorria por medo da expansão da heresia, assim, quem imprimisse era condenado a morte.
Fonte: Livro "Uma história social da mídia"

Semana de comunicação UFRN

   Aconteceu nesta terça feira (25), uma ação da agência 59mil para promover a primeira semana de comunicação da UFRN. Ao som de música eletrônica, os estudantes eram desafiados a montar um cubo mágico, quem conseguisse ganhava diversos brindes, e podiam fazer sua inscrição no evento.  O blog fala foca não deixou passar, e fez um pequeno vídeo para mostrar como foi.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Agressão a jornalista

   Semana passada, o blog do Novo Jornal publicou uma matéria - escrita por Marco Carvalho - falando sobre o ataque sofrido pelo jornalista Roberto Guedes no domingo 16. Pelo que parece, a violência contra jornalistas ainda é algo muito corriqueiro também no nosso estado. Roberto foi atingindo por pedradas no município de Caiçara dos Ventos e alegou que isso aconteceu apenas porque exerceu sua profissão sem esconder a verdade, o que incomodou determinado grupo político. Nós, do blog Fala foca, lamentamos o ocorrido em um país que se diz livre à qualquer tipo de expressão, mas não é de fato.
   Confira um trecho da reportagem disponibilizada no blog do Novo Jornal:

Jornalista é vítima de agressão no interior do RN
Marco Carvalho

   O jornalista Roberto Guedes foi vítima de um atentado durante a noite deste sábado (15) no município de Caiçara do Rio dos Ventos, a cerca de 100 quilômetros de Natal. Atingido por uma pedra, Roberto teve o braço fraturado em dois pontos e passou por procedimentos cirúrgicos. Internado no Hospital da Unimed, ele tem situação estável e passa bem.
   A reportagem do NOVO JORNAL o entrevistou no apartamento onde está recebendo atendimento médico na manhã deste domingo. Com o braço enfaixado, Roberto atribuiu o ataque sofrido a um grupo político que está em campanha eleitoral em Caiçara.
   “A minha independência em informar tudo o que sabia não é bem vista. Isso incomoda muita gente em Caiçara”, disse Roberto Guedes. Além do ferimento do braço, Roberto teve o veículo alvo de violência por parte de pessoas que Roberto diz já ter identificado.
   A ocorrência teve início quando o jornalista, que possui residência em Caiçara, se deslocava para a Igreja. “Em virtude dos constantes ataques que pessoas da cidade vinham recebendo, propus uma missa para a pacificação da cidade. Para que aquilo que estava ocorrendo não acontecesse mais”, contou.
Antes de ir à Igreja, Roberto passou pelo posto de gasolina do município, onde teve início as discussões e brigas. Ele diz ter sido cercado por homens que o impediam de deixar o local e passaram a chutar seu carro.
“Eles jogaram um líquido amarelo no para-brisas e eu não conseguia ver nada. Foi quando buzinei e arranquei para escapar daquela confusão. Senti um impacto e eles estão dizendo que atropelei uma pessoa”, relatou. O jornalista reforçou que agiu por instinto de legítima defesa: “Se não tivesse saído de lá da forma que fiz, estaria morto”.
Após fugir do posto de gasolina, Roberto foi mais uma vez cercado na saída da cidade, oportunidade na qual foi atingido por uma pedra. “A pedra quebrou o vidro do lado do motorista e imprensou meu braço contra o volante. Fiquei com muita dor”, disse. Mesmo com o ferimento, o jornalista decidiu sair da cidade e procurar proteção policial.
Ele dirigiu cerca de 70 quilômetros com o braço quebrado até parar no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Macaíba, onde pediu ajuda. O caso foi registrado na Delegacia de Plantão da zona Sul de Natal pelo delegado Custódio Arrais Neto e deverá ser investigado pela delegacia de Caiçara.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Internet x Jornal

  A rádio CBN divulgou a notícia que a Internet está faturando mais que os jornais impressos. Enquanto os periódicos de papel lucram 11,06% do faturamento geral das mídias, a web fica com 11,98% - o dobro que  as revistas e o triplo do rádio.
   No Brasil, a situação ainda é diferente. Devido o ascensão da classe média, houve maior circulação dos jornais. Mas o crescimento relâmpago da internet nos lares brasileiros poderá colocar o país na tendência internacional, como Europa e os EUA.
   Os jornais norte-americanos, por sinal, tiveram uma grande queda de lucros. Depois de triplicar o faturamento de 1950 a 2000, esse número foi dividido por três nos últimos doze anos, que coincide com a concretização da internet. Ou seja, os jornais dos EUA estão lucrando a mesma taxa de 60 anos atrás.

Confira a reportagem:

 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

#Citação

O dever máximo da imprensa é obter a primeira e mais correta informação sobres os eventos [...] e instantaneamente revelá-los, transformando-os em propriedade comum da nação "
(John ThaddeuDelane)

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Resenha do livro Caso Escola Base – Os abusos da imprensa


Alice Andrade
   Seis vítimas de uma mídia sensacionalista, denúncias de abuso sexual infantil, prisões decretadas sem provas e um caso que entrou para a história do jornalismo tanto nacional quanto internacional. São esses os temas tratados por Alex Ribeiro em seu livro Caso Escola Base – Os Abusos da Imprensa.
   Narrado pelo jornalista de maneira cronológica e com uma notável riqueza de detalhes, o episódio ocorreu no bairro da Aclimação, em São Paulo. Lúcia Eiko Tanoue e Cléa Parente de Carvalho, mães de alunos da Escola Base, denunciaram três casais - entre eles os próprios proprietários do colégio - de abuso sexual contra seus filhos e outras crianças de apenas quatro anos. Os acusados eram Ichshiro e Maria Aparecida Shimada, Maurício e          Paula Monteiro de Alvarenga e Saulo e Mara Nunes.
    O drama vivido por essas pessoas começou no dia 28 de março de 1994 e só teve fim em 22 de junho do mesmo ano, quando o então delegado Gérson de Carvalho concluiu que nenhum dos suspeitos tinha participação no suposto crime. No entanto, o delegado que inicialmente ficou responsável pelo caso foi Edélcio Lemos, que precisou apenas de um telex do IML (o qual, mais tarde, se mostrou inconclusivo) para declarar indevidamente à mídia a culpa dos acusados.
   Os envolvidos tiveram suas casas e a própria Escola Base depredadas, além dos imensuráveis danos morais e psicológicos aos quais foram submetidos. Manchetes como “Perua carregava crianças para orgia”, da Folha da Tarde, e o título de capa “Kombi era motel na escolinha do sexo”, do tablóide Notícias Populares, são exemplos de como os veículos comunicativos tratavam os acontecimentos de maneira parcial, deixando de lado a versão dos casais.
   Utilizando-se de uma linguagem clara e, dessa maneira, proporcionando uma leitura instigante sobre o ocorrido, o autor divide sua obra em 17 partes, contando com um prefácio feito por Carlos Brickmann e uma tabela cronológica dos acontecimentos no final. É importante ressaltar que o livro é uma verdadeira aula sobre ética jornalística, pois aponta os diversos erros de apuração, checagem, utilização do off e excesso de parcialidade cometido pelos jornalistas.
   Nessa perspectiva, Ribeiro traz uma leitura essencial tanto para nós, futuros profissionais de comunicação, como também para quaisquer pessoas que estão na outra ponta da notícia e devem ter um maior senso crítico diante daquilo que é trazido pela mídia. 

Livro: Caso Escola Base - Os abusos da Imprensa
Editora: Ática
N. de páginas: 166

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Falemos, focas!


  Jornalista é o profissional que lida com a notícia. E como vivemos em um mundo onde se informar é necessário, ele acaba ganhando espaço na mídia e na sociedade, contribuindo na construção da opinião pública. No entanto, muitas pessoas (inclusive os futuros profissionais) ainda não sabem o que realmente é a profissão, pois detêm uma visão romântica e estereotipada do jornalismo.
   O objetivo do blog é, justamente, combater essa visão unilateral. Como o nome “Fala foca” já diz, este é um espaço para as focas falarem de suas experiências e aprendizados, mostrando que o jornalismo é dinâmico, possuindo diversas vertentes e uma rotina louca e flexível, porém deliciosa.
   Vamos deixar a notícia de lado e colocar o jornalista no centro das discussões. Além disso, pretendemos debater sobre a comunicação como um todo, seus processos, problemas e consequências, sempre deixando as focas opinarem nos assuntos em pauta. Traremos também artigos sobre a história do jornalismo, entrevistas com professores e alunos do curso e indicações de livros e filmes relacionados.
   Este projeto não é feito apenas por uma pessoa, mas sim pelo trabalho e dedicação de diversas focas. Espero que nosso objetivo seja alcançado, ajudando os alunos de jornalismo e contribuindo para a sociedade em geral. Agradeço aos meus colegas da turma de jornalismo 2012.1 da UFRN, que estão contribuindo ativamente para que este projeto dê certo, e aos nosso professores que apoiam o blog.

PS: Lembrando que o site ainda está em fase inicial, ou seja, ainda está sujeito a mudanças de Layout e de domínio.

Matheus Soares

Por que foca?

Por Ferreira Neto
   PASEEEEEEEEEEEI!!! Provalvemente esse é o grito que muitos dão na hora da tão sonhada aprovação no vestibular. Horas de estudo são agora recompenssadas só em imaginar estar cursando aquela graduação que você tanto sonhou. Ao chegar a universidade o calouro se depara com diversos termos técnicos utilizdos em suas determinadas áreas, na medicina tem “cefaléia” (dor de cabeça), “Onicogrifose” (unha encravada), no direito tem “Converter o julgamento em diligência por unanimidade” (desculpe, não achei o significado desse termo na internet). Como não poderia ser diferente, no jornalismo existe uma centena de termos usados em redações pelos profissionais que perdem horas de sono em busca de uma boa história, temos a “barrigada” (quando se publica algo de forma errada), o “jabaculê” (uma espécie de “presentinho” – eu diria propina- recebido pelo repórter para escrever algo tendencioso que agrade a determinado grupo), dentre outros. Entretanto, talvez nenhum termo tenha causado tanta dúvida quanto a sua criação como o chamado foca.
  Foca é o nome dado a todo estudante de jornalismo e até mesmo jornalistas recém-saídos da universidade. O que causa o interesse de todos que fazem esse maravilhoso curso (podem colocar esse elogio na minha conta), é o porquê esse animal carnívoro que vive nas águas costeiras do Atlântico Norte e do Pacifico Norte em bancos de areia, embora possam ser encontradas em costas rochosas, é usado para designar esses nobres profissionais.
   Vasculhando na internet encontrei diversas possibilidades, a primeira (um pouco polêmica) dizia que o jornalista, assim como a foca, é um ser gordo e preguiçoso que passa o dia sentado bebendo café e escrevendo sobre a vida alheia, é... Também me senti ofendido, até porque não vejo as focas bebendo café e pelo que me consta as mesmas ainda não aprenderam a escrever (eu acho). A segunda atribuía à comparação ao sentido afetivo do aprendiz repórter, que é sempre atencioso e também curioso com tudo que acontece a sua volta,virando seu pescoço para todos os lados (movimento parecido com o das focas) a procura de novos conhecimentos, e também por serem jogados na arena dos leões, as redações com colegas vívidos e conhecedores dos assuntos pressionado pelo tempo e pelas responsabilidades.
   Para entender a outra teoria que encontrei é preciso conceituar o leitor sobre como funcionavam as ancestrais das máquinas digitais.  As antigas máquinas fotográficas eram um pouquinho diferentes das atuais, contam os mais velhos que os fotógrafos dos jornais focavam e deixavam o obturador (que é uma pequena janelinha que tinha nas antigas máquinas) aberto. Para que o flash disparasse, alguém tinha que riscar um fósforo em uma placa de magnésio que por sua vez explodia em um clarão, essa luz passava pelo obturador aberto e impressionava a chapa, o avô do filme, formando assim a imagem, (se ninguém morresse queimado lógico). Pois bem,acontece que alguns fotógrafos inexperientes demoravam em preparar a máquina e acabavam atrasando os demais, era algo como: “pera aí, estou focando”. Ao que os outros respondiam: “foca logo”. E os pobres fotógrafos ao se aproximarem para mais um dia de trabalho ouviam o que mais tarde se tornaria uma sina: “Ih... Lá vem o foca”.  Daí teria surgido o apelido carinhoso de foca.
   Não é só no Brasil que repórteres inexperientes são denominados por apelidos. Nos EUA, os novos jornalistas são chamados de cub que traduzindo seria filhote em inglês. Há ainda quem defenda que a denominação foca seja uma tradução mal feita da palavra cub (pode até ser, afinal de contas temos a infeliz tendência de abrazileirar tudo que podemos). O fato é que não existe uma teoria que podemos tomar como única para a criação desse termo, nos resta apenas aceitar e tomarmos como animal símbolo do nosso curso, afinal de contas até que a foquinha é bem bonitinha não é.