sábado, 29 de dezembro de 2012

Clica, foca!

Retrospectiva do que não foi visto - Parte II


Por Natália Noronha

Imagino que hoje a preferência das tevês brasileiras tenha sido pela Rede Globo: aquela velha retrospectiva do ano que se finda, muito bem vestida com uma trilha sonora de filme de ação, acompanhante ideal para o conjunto de imagens marcantes e inesquecíveis. Ou esquecíveis? Dizem por aí que brasileiro tem memória curta. Brasileiro também é um tantinho acomodado, senta no sofá e, servido de uma pipoquinha Yoki e uma Coca bem gelada, deixa que a tevê lhe faça o agrado de relembrá-lo do que houve no ano.
E hoje o Fala, foca! também te traz uma retrospectiva. Mas é uma retrospectiva diferente. Do que você não viu. Na segunda e última parte da Retrospectiva do que não foi visto, a gente te lembra do que você não sabe. Ou te faz conhecer o que você desconhece. O propósito é diferente assim talvez pela vontade de te trazer novidades, porque o que teve de Avenida Brasil, Olimpíadas de Londres, crises, confrontos e (re)eleições foi muito e você certamente já viu. Aqui se quer revelar Carminhas das quais ninguém falou, heróis que nenhuma rede noticiou e crises e confrontos cujas fumaças e bombardeios ninguém viu nem ouviu.
Servido de uma pipoca Yoki, Kero-Kero, Bokus ou a que quiser, você é agora convidado a dar um passeio pelo desconhecido de 2012.

(Se não viu a primeira parte dessa série, clica aqui.)

12 de junho

Foto: China Daily. Num hospital de Hangzhou, província chinesa, companheiros de trabalho, bombeiro e médico trabalham juntos na tentativa de cortar barras de aço que foram perfuradas no corpo de um trabalhador. As sete barras de aço acidentalmente quebraram e pularam para fora de uma máquina, perfurando o corpo do homem enquanto fazia seu trabalho na construção de uma ponte. O processo de retirada das barras envolveu o esfriamento do material no intuito de comprimi-lo para que depois fosse extraído do corpo do trabalhador. A cirurgia durou mais de cinco horas e foi um sucesso.


19 de agosto

Foto: Mukesh Gupta. Esse pequeno templo budista fica totalmente ilhado e parcialmente submerso após a inundação do rio Tawi devido às fortes chuvas, em Jammu, Índia.

13 de setembro

Foto: Jorge Dan Lopez. Em Tática, cidade próxima à Cidade da Guatemala, mulher atinge homem com pedaço de pau após ser acusado de roubo com mais três homens. A comunidade local deteu e amarrou os quatro suspeitos do roubo que resultou de um massacre numa escola. O homem, que matou a facadas duas crianças dentro de uma sala de aula, foi linchado e queimado vivo pelos moradores, segundo mídia local.

12 de julho

Foto: Susana Vera. Em Pamplona, Espanha, fotógrafo da Reuters, agência de notícias londrina, é atacado por um touro enquanto fazia alguns cliques do festival de San Fermin, em que há a típica corrida de touros. Extraburu sofreu alguns arranhões no cotovelo mas continuou a fotografar.

6 de setembro

Foto: John Kolesidis. Em Atenas, policial finge se enforcar em frente ao parlamento durante um comício. Cerca de 4.000 policiais, guarda-costeira e bombeiros gregos protestaram encenando suicídios. As mortes eram simuladas em forcas montadas em frente ao ministério da finança e do parlamento para simbolizar os cortes orçamentais.


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O melhor do primeiro ano do blog

    Esse ano passou voando. Escutamos incansavelmente "ai se eu te pego" e "para nossa alegria", sobrevivemos ao fim do mundo e tivemos que, mais uma vez, catar as uvas-passas do arroz natalino. Para aproveitar esses poucos dias de 2012, confira o nosso top 10 e relembre os posts mais acessados do blog:










segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Então é natal...


   Levantem ao alto seus CDs da Simone, porque chegou o dia mais bonito do ano. O Natal. Época de gastar dinheiro com os outros, de comer o peru assado e catar as malditas uvas-passas do arroz. Chegou a hora de felicitar os amigos e cantar alto: "HIROCHIIIMAAA, NAGAAZAAAKI, MURUROOOOAA, AAAAAAAHHHH". 
   A equipe do BLOG FALA FOCA deseja um feliz Natal para todos os focas, jornalistas e comunicadores!! Muita saúde, felicidade e paciência para aturar os plantões em feriados.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Clica, foca!


"'Clica, foca!'? O que é isso?"

           O campo do fotojornalismo é rico e por isso há muito o que se explorar. Por trás das fotos há histórias e por trás dessas há pessoas; por trás das câmeras há pessoas e por trás dessas há mais histórias. Seguindo esse pensamento, o Fala, foca! decidiu abranger a coluna, largando-se de resumi-la a apenas uma fotografia semanal. Optamos pela mudança do nome da coluna e a batizamos como "Clica, foca!", na pretensão de não mais centralizá-la a "Foto da semana". Agora, nossa intenção é desmascarar o que há de desconhecido no fotojornalismo e utilizar a forma de fotojornalismo mais conhecida para revelar o desconhecido do mundo - trazer os fatos mais escondidos e os fotógrafos menos falados. A ideia é inovar nas postagens, assim como foi tentado em "As 6 fotos que falam mais que eu" e assim como será tentado na postagem de hoje. Falando em postagem de hoje, olha ela aí:

Retrospectiva do que não foi visto


Por Natália Noronha

Concorda comigo que há uma espécie de cronograma-de-fim-de-ano? Parece que a mídia, as divindades, a humanidade, sei lá, alguém conseguiu criar um pacote de tradições típicas do fim de ano. As retrospectivas são uma delas. Estampam páginas iniciais de websites e ganham programas só para elas nos grandes canais de tevê.
Todo dezembro várias e tantas memórias se reacendem na cabeça da gente diante de um conjunto de imagens pretensiosamente dispostas numa ordem mensal. Então você lembra daquele acontecido de janeiro, daquele fato de fevereiro, daquele desastre de março que tomou grande proporção na mídia mas você esqueceu. Retrospectiva serve pra isso. Pra te lembrar do que você sabe.
A retrospectiva da coluna de fotojornalismo do Fala, foca! vai ser um pouco diferente. A gente quer trazer o que você não sabe. Fatos que, embora tenham ganhado alguma importância em algum meio de algum país, você provavelmente desconheça. Porque, confessemos, fotografias das Olimpíadas de Londres você certamente já viu, das eleições políticas no Brasil e da reeleição do Obama também.
Hoje e na próxima sexta-feira traremos fatos de 2012 descritos em foto, e a pretensão é revelar, sem uma disposição mensal, porções de 2012 (e do mundo) que você não conhece. Num primeiro olhar, os fatos são tímidos se comparados ao "padrão de fatos" usualmente relatados numa retrospectiva. Mas fato é fato, e cada um descrito aqui certamente  foi importante de alguma maneira. Vamos saber o que aconteceu por aí em 2012? Boa viagem!


11 de maio 
Foto: Cheryl Ravelo. Moradores de Manila Bay, nas Filipinas, remam um barco improvisado enquanto a pequena comunidade em que moram é consumida pelo fogo. O incêndio de causa desconhecida resultou em pelo menos mil casas destruídas e mais de 5.000 famílias desabrigadas, segundo mídia local.

30 de março
Foto: Ammar Awad. Policiais israelenses detêm um manifestante palestino durante confrontos no "Land Day", celebração palestina que acontece anualmente. As forças de segurança israelenses dispararam balas de borracha, gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral para dispersar grupos palestinos. O que era para ser um evento comemorativo se tornou uma festividade violenta.


16 de junho 
Foto: Baz Ratner. Um imigrante sudanês dorme sob um escorrego enquanto uma menina israelense brinca com a mãe, no parque de Levinsky, no sul de Tel Aviv, Israel. Esse parque é uma espécie de moradia para muitos imigrantes ilegais, que se dividem entre pessoas que procuram emprego e refugiados. Cerca de 60.000 africanos cruzaram a fronteira de Israel com o Egito nos últimos anos. 
 9 de novembro

Foto: Stringer. Sírios correm sobre arame farpado na tentativa de atravessar ilegalmente a fronteira entre a Síria e a Turquia, situada entre as cidades Ras al-Ain e Ceylanpinar. Muitas vezes os imigrantes ilegais preferem cruzar as fronteiras mais próximas a andar quilômetros. Utilizando essa estratégia, eles conseguem alcançar casas de familiares em vez de ficarem em campos de refugiados. 

20 de novembro

Foto: Mohammed Salem. Na cidade de Gaza, ao mesmo tempo em que dirigem motocicletas, palestinos armados arrastam o corpo de um homem suspeito de trabalhar para Israel. Os palestinos desse grupo ainda mataram seis supostos colaboradores, apanhados em flagrante, na Faixa de Gaza. 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A primeira guerra televisionada


Por Matheus Soares
   O conflito vietnamita, entre capitalistas e socialistas, já se arrastava por cinco anos quando, em 1964, os americanos desembarcaram no Vietnã para apoiar os sulistas – liderados pelo ditador e capitalista Diem. Com o exército dos EUA, aportou também um time enorme da imprensa estadunidense e mundial.
   Era época de guerra fria, a qual os EUA e a URSS viviam em constante atrito, e a mídia era o principal meio de exposição da luta americana contra o inimigo socialista. Dessa forma, mostrar o apoio à democracia e a economia livre ao Vietnã eram essenciais para a boa propaganda capitalista.
   No início, a mídia estava apoiando os EUA. A imprensa anunciava notícias manipuladas pelo Pentágono, mostrando a atuação do exército combatendo o inimigo, . Porém, essa guerra foi extremamente exótica e diferente das demais, já que os soldados enfrentavam um quente clima tropical e tinham que se deslocar em meio às florestas fechadas. Além disso, o inimigo era nativo, conhecia muito bem os terrenos e estavam acostumados com o clima. 
   Junto com os militares, os repórteres também enfrentavam os obstáculos naturais para cobrir a guerra e passar as notícias em primeira mão aos jornais de todo mundo. Dessa forma, eles presenciaram as barbaridades americanas, como o uso do agente químico Napalm, que desfolhava as árvores e queimava a pele de quem era atingido.
   Manipular as informações não era mais tão simples. Direto do front, a imprensa mundial passou a noticiar os sofrimentos dos nativos e as centenas de vítimas, principalmente militares, da guerra que estava custando caro aos cofres americanos. Nessa época, a televisão era o principal meio de informação nos EUA, e foi a parti dela que a sociedade americana abriu os olhos para o pequeno país asiático e lutou contra a permanência das tropas no Vietnã.
   Por pressão estadunidense, a retirada do auxílio militar e material se deu a partir de 1973, com o Acordo de Paz de Paris. Pondo fim, assim, ao conflito que teve maior cobertura da imprensa mundial e foi o primeiro a ser televisionado.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

CURTA TAMBÉM

Hoje, a 50° pessoa curtiu a página do BLOG FALA FOCA no facebook. Curta também e nos ajude a chegar a marca de 100 curtidas!!

#curiosidade

   Nos anos 40, o jornalista brasileiro, além de não precisar declarar imposto de renda, tinha desconto em passagens aéreas e em "casas de diversão pública".


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Velhos jornalistas

Por Jean Moura
    Os velhos são os melhores. A experiência de vida, a sabedoria nas palavras, a tranquilidade nas ações, a perspicácia no olhar e o controle de si mesmo são algumas das características dos muitos jornalistas que hoje não mais exercem a tão excitante profissão das palavras: o Jornalismo.
   À base de um bom café, velhos jornalistas ficavam acordados a escrever e a reescrever por longas noites frias e solitárias, textos para seus Jornais, tendo seus olhos a se fecharem, involuntariamente, uma vez ou outra, pelo cansaço do sono. Mesmo assim, amavam o que faziam. Tudo por amor àquele antigo Jornalismo de outrora.
   Para muitos desses amantes, o Jornal era um tipo de porta que se abria para o mundo, pois era ali que tudo se mostrava claro: Seus pensamentos, suas visões de mundo, suas parcialidades, seus anseios e seus sonhos.
   Quem escreve, escreve por amor. Há quem escreva por dinheiro, mas digo que esses não valem a caneta que usam. Ser jornalista é fazer valer a pena cada tinta de caneta que se gasta para escrever. Um amor que não se podia medir, nem tão pouco imaginar, esse era amor real de quem fazia o velho Jornalismo.
   Ser jornalista é bem mais do que ter em mãos caneta e papel. Além dessas coisas, é preciso ter nos olhos a sensibilidade de reconhecer o mundo que lhe cerca, ser justo e ter a consciência que as palavras constroem o mundo, mas que também podem destruir em um piscar de olhos.
   Jornalismo é: Arte das palavras. Jornalista é: Artista que usa as palavras para transformar o mundo. 
   Para ser artista é preciso possuir uma alma passiva, para não se corromper com as dores e os sofrimentos dos homens, mas é necessária também de uma alma agressiva, sedenta por verdades que se escondem nas esquinas das farsas da sociedade. 
   O Jornalismo que conhecemos hoje não surgiu do nada, ele tem uma vida e uma história, uma bela história de amor. Amor este que não está nas histórias de príncipes encantados, castelos ou princesas, não. Mas de um amor que surge e se ergue sem esperar futuras recompensas gananciosas que enchem os olhos humanos, como o dinheiro, os status e a fama. Dedicação, paciência, foco, decisão, autonomia e imposição são regras primordiais para se chegar pelo menos a um amor essencial pelo surpreendente mundo do Jornalismo.
   Um leve amor sutil que desabrochava- se sem perceber, fora a razão que fez no passado (E creio que ainda faz nos dias de hoje) despertar tão belas virtudes àqueles que amaram a arte de escrever. O amor que levara muitos a escrever nas madrugadas solitárias, sem perceber que as horas estavam a voar depressa, sem sombras de dúvidas, foi o maior segredo do sucesso de todos esses Velhos Jornalistas. 
   Só os longos anos são capazes de dar uma experiência e tranquilidade profissional ao jornalista. Por isso, é preciso se empenhar para que um dia no futuro seu reflexo no espelho torne- se a igual de um bom e Velho Jornalista. Neste caso quanto mais velho melhor, pois, a velhice não é uma questão de idade, e sim de espírito.
   O quão duro não deve ser para esses antigos mestres das palavras não poderem mais desfrutar dos prazeres que as palavras oferecem? As únicas palavras capazes de estancar a dor que sentem e de exprimir fisicamente seus pensamentos seriam essas: 


“Ah, que saudades tenho da aurora da minha vida, Da minha infância querida que os anos não trazem mais. Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras, à sombra das bananeiras, debaixo dos laranjais”. (Casimiro de Abreu).

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

#FOTO DA SEMANA

As 6 fotos que falam mais que eu - Parte II


Por Natália Noronha


Na última postagem, recorri ao silêncio porque encontrei gente que fala melhor que eu. Lentes que falam melhor que eu. Ângulos, cores, expressões e cenas que falam melhor que eu. Além de dar vez (e voz) às fotografias, eu quero também promover uma espécie de exercício pra vocês. Quero que observem as fotos e mentalmente criem histórias, escrevam roteiros, procurem motivos, causas e consequências. Tentem descobrir o sentimento vestido por um olhar, a intenção expressa por um gesto, a dor traduzida numa expressão facial. Percebam o ambiente - e seu aspecto -, os figurantes, protagonistas e juntem todos eles: descubram as fotos.


Clique por Athar Hussain. Sumayya, 8, observa o corpo de seu tio sendo levado ao hospital. Ele foi morto durante um tiroteio em Karachi, Paquistão, em 23 de agosto de 2011.


A foto é de Toshiyuki Tsunerari. A cidade de Natori, no Japão, foi devastada por um terremoto e um tsunami, em março de 2011. 

O fotógrafo da vez é Daniel Munoz. Após ser mantida refém por homem que dizia carregar uma bomba, garota é resgatada por policiais. O (provável) homem-bomba invadiu um gabinete jurídico em Parramatta, subúrbio de Sydney, Australia, e manteve a filha em cativeiro. Acredita-se que os motivos do sujeito estivessem ligados a uma disputa pela guarda da menina.

Clique feito por Naseer Ahmed. A criança morta e Mohammad Azam, 56, foram vítimas de um atentado suicida em Quetta, no Paquistão, em 7 de setembro de 2011.

O registro é de Hu Yuanjia. Um monge reza por um senhor encontrado morto numa estação de trem em Shanxi, na China, em 25 de novembro de 2011.


Foto por Wang Xinke. Em 31 de agosto de 2011, as marés do rio Qiantang, em Haining, província chinesa, ultrapassaram uma barreira a sua margem. A mídia local informou que as marés e ondas registraram seu nível mais alto em 10 anos.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

#citação

No programa Observatório da Imprensa, Mário Magalhães comentou sobre as denúncias do uso ilegal de grampos telefônicos na imprensa britânica e disse que no Brasil essa prática também é comum.

"Quantas reportagens nós já aclamamos no Brasil [...], nas quais foram usados os grampos feitos por organizações criminosas"

Mário Magalhães

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Os primeiros jornais da humanidade



   Alguns cidadãos se amontoavam na frente do Senado de Roma. Todos estavam ali para ler as tábuas que foram pregadas mais cedo na parede, feitas à mão, contendo as principais notícias políticas, econômicas e sociais do Império Romano. Por elas, a população sabia sobre os decretos, os processos judiciais, as guerras e as mortes. Elas eram chamadas de Actas diurnas, e são consideradas os primeiros jornais da humanidade.
   Os estudiosos apontam seu surgimento no século II A.C. - Possivelmente em 131 A.C. Os escravos e funcionários públicos eram responsáveis por buscar informações e acontecimentos para as diversas Actas que existiam. O próprio Senado romano teve seu periódico próprio, provavelmente confidencial, com os resumos das sessões do órgão público. Ainda existia outro tipo, a chamada Annalis Pontificium, que explanava os principais acontecimentos da história de Roma, e era fixada nos muros da casa do Sumo Pontífice.
Senado Romano
   Em 59 A.C. Julio Cezar disponibilizou para o povo as Actas do Senado, as quais se tornaram populares ao ponto de englobarem as diversas Actas Diurnas que existiam. Após ficarem tempo suficiente na capital, elas ainda eram levadas até as províncias mais distantes, através das grandes e estruturadas redes de comunicação.
   No entanto, com a divisão do império romano e a transferência da capital para Constantinopla, em 330 D.C., as Actas Diurnas deixaram de circular. Pondo fim, assim, aos “jornais” responsáveis pela identidade cultural da sociedade romana.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O que acontece com a BBC?


    A BBC não anda muito bem. A rede de televisão britânica, considerada por muitos como o mais perfeito sistema público de telecomunicação, está ruim das pernas. O problema não é econômico, pelo contrário, o que está em risco é prestígio da emissora. Sua imagem de mídia imparcial está ruindo devido os últimos acontecimentos.
Jimmy Savile
Tudo começou quando foi descoberto crimes de pedofilia envolvendo Jimmy Savile, ex apresentador da BBC. Querido pelos britânicos, ele tinha um programa infantil nos anos 70, chamado de Jim'll Fix It, que incentivava a escrita e a realização dos desejos das crianças. O fato foi ignorado pela emissora.
Logo depois, outra notícia sobre pedofilia gerou falatório. No programa Newsnight foi exibida uma entrevista com um jovem vítima de abuso sexual, cujo agressor seria um político britânico conservador. Nenhum nome foi divulgado, porém, o de Alistair McAlpine, ex tesoureiro do partido conservador, surgiu nas redes sociais. 
   Por causa disso, a emissora britânica passou por diversas demissões em suas equipes. Desde o editor do Newsnight, Petter Rippon, até o diretor-geral da BBCGeorge Entwistle, deixaram o seus respectivos cargos. "Os eventos excepcionais das últimas semanas levaram-me a concluir que a BBC precisa nomear um novo líder", disse George.
   Dessa forma, a BBC está sendo severamente criticada pela opinião pública, pois acobertou seu ex funcionário e denunciou quem era inocente. Além de contribuir para a situação caótica que passa o jornalismo britânico, abalado depois da descoberta do uso de grampos telefônicos ilegais, para descobrir a vida pessoal de celebridades, pelo jornal News of the World.

   Confira o programa Observatório da Imprensa, veiculado dia 27/11, sobre a situação da BBC


sexta-feira, 30 de novembro de 2012

#FOTO DA SEMANA


As 6 fotos que falam mais que eu

Por Natália Noronha

Eu amo histórias. Amo ler histórias. E quando me interessei por entender o contexto das fotos que trouxe pra vocês, encontrei um baú cheio delas. Uma fotografia é o decreto absoluto da ocorrência de um instante. Mas pra se ter feito o decreto, aconteceu alguma coisa: circunstâncias cooperaram juntas para fazer acontecer o momento. E são essas circunstâncias que traçam as linhas primeiras da história. Uma erupção. Um conflito político. Uma guerra civil. Circunstâncias.
Não sou exímia contadora de histórias – e nem me aproximo de ser -, mas eu bem que gostei desse cargo (obrigada, chefe Matheus!). Hoje, contudo, vou fazer diferente. Selecionei 5 fotos que falam – umas até gritam - por si sós e trouxe pra vocês. Gostaria, de verdade, que vocês percebessem os olhares, as expressões, as mímicas, o cenário e tudo o que o compõe. Eles te contarão, talvez, mais do que minhas palavras conseguiriam contar.
Vou deixar que uns senhores e umas senhoras contem suas próprias histórias. Fechem a porta, sentem e deixem eles falarem. 



Foto por Ricardo Moraes. Parente de uma das vítimas do tiroteio que deixou 12 crianças mortas em Realengo passa mal durante velório.



Registro feito por Goran Tomasevic. Rebeldes ameaçam com arma um homem acusado de ser legalista do ex-ditador Muammar Gaddafi.


Foto por Nacho Doce. Uma adoradora de Umbanda entra em transe durante um ritual na favela Vila Flávia, em São Paulo.


Momento registrado por Zohra Bensemra. Oficial tunisiano grita na intenção de acalmar arruaceiros durante um combate com a polícia em Tunis, capital da Tunísia.


Captura por Li Ping. Mulher de 22 dois anos é resgatada após tentativa de suicídio. Ela planejou pular de um prédio de 7 andares, em Changchum, China.
(Eu não resisti. Olha a história: segundo a imprensa local, a garota tentou se matar após seu namorado acabar o relacionamento de quatro anos. Eles estavam fazendo planos para o casamento. Não houve nenhum ferimento.)

Registrada por Eric Thayer. Garotinho de 9 anos de idade segura o urso que levou ao velório de sua colega de sala, Christina Green. Christina foi morta no tiroteio de 8 de janeiro que deixou seis mortos em Tucson, Arizona.

De raposa para foca

Por Alice Andrade

    O universo da prática jornalística é uma curiosidade constante que nós, estudantes, temos durante o curso. Dúvidas sobre qual área seguir, afinidades dentro do mercado de trabalho e a vontade de conhecer a rotina (ou falta dela) dos profissionais já formados é comum ao longo da graduação. Para dividir um pouco da sua experiência, o jornalista Jorge Talmon foi à UFRN e compartilhou histórias interessantes que viveu.


   Ele é natural de Pernambuco e está feliz com o seu atual trabalho como repórter da InterTV Cabugi, aqui em Natal. No entanto, Talmon nos contou que nem sempre esteve satisfeito assim. Desde o seu primeiro emprego - na Folha de Pernambuco - até onde está agora, o jornalista confessou que já passou por experiências que nem sempre deram certo. Na área do jornal impresso, por exemplo, ele não se encontrou, mas enfatizou a importância de qualquer tipo de aprendizado para o crescimento pessoal.
   Além disso, ele já trabalhou na Globo Nordeste, em Recife; em uma filial em Caruaru; em uma emissora no Rio de Janeiro  e também experimentou se envolver com assessoria de imprensa. Contudo, foi entre câmeras e microfones que Talmon se encontrou.
   “É como andar em uma montanha russa”, ele respondeu ao ser indagado sobre como é entrar ao vivo na TV. “Porém, se você andar de montanha russa todos os dias, o seu organismo se acostuma com aquela sensação, e aí você vai se aprimorando cada vez mais”, acrescentou.
   Foi impossível não rir ao ouvir sua história sobre o dia em que desmaiou ao vivo. Ele não se alimentou pela manhã e foi trabalhar. De repente, no meio de uma entrevista, Jorge percebeu que estava passando mal e entregou o microfone a outra pessoa, desmaiando segundos depois. “Ninguém notou que eu desmaiei, pois apenas o entrevistado estava sendo enquadrado naquele momento”, ele disse. E, depois disso tudo, ele se recuperou e ainda passou a palavra para o apresentador.
   Ao final, a dica que o jornalista deixou para nós, focas, foi não deixar que o estágio atrapalhe os estudos. Para ele, é importante tentar conciliar ambas as tarefas e, principalmente, aprender a escolher as prioridades para que tudo dê certo. A Jorge, desejamos boa sorte e agradecemos a conversa tão produtiva e divertida. Afinal, é legal saber que toda raposa já teve seus dias de foca. 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Já conferiu?

   O que é bom vale relembrar, por isso estamos postando de novo o primeiro vídeo do VIDA DE FOCA. E se você ainda não viu, essa é a hora de conferir!
Como mostrar a rotina e o trabalho de um jornalista? A partir dessa questão, criamos  a coluna VIDA DE FOCA, cujo objetivo é acompanhar a vida correria de um profissional e mostrar para vocês como realmente funciona.
   E para a estréia, fomos junto com Pedro Vale, repórter de impresso, para o Hospital Deuclécio Marques, onde ele faria uma matéria sobre a situação da saúde na região metropolitana de Natal. 
   Confira o vídeo e depois veja a entrevista que fizemos com ele sobre a reportagem.



terça-feira, 27 de novembro de 2012

#citação

"Que merda: dois lixeiros desejando felicidades do alto da suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho"


(Boris Casoy)










Esta foi a frase dita pelo jornalista Boris Casoy e que vazou, por falha técnica, em rede nacional durante o Jornal da Band. Ele se referia a uma mensagem de dois garis desejando feliz ano novo, que foi veiculada durante a exibição do telejornal em 2009. Esse mês, o apresentador foi condenado a pagar R$21 mil para o trabalhador Francisco Gabriel de Lima, um dos garis. 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Muito além do legado

   Além da construção do Arena das Dunas, a prefeitura natalense prometeu a realização de obras de mobilidade urbana nas avenidas Mário Negócio e Capitão Mor-Golveia, as quais desafogariam o trânsito e melhorariam o acesso ao estádio da copa. No entanto, para que o alargamento das avenidas seja feito, diversas pessoas devem perder suas casas e seus comércios.
   São, em maioria, idosos, que vivem na área ha muito tempo. Eles viram seus imóveis sendo medidos e receberam propostas irrisórias de indenização. Casas que, ao valor do mercado, custam R$60 mil, foram avaliadas por 30 a 40 mil reais pela prefeitura. E existem casos piores.
   Dessa forma, os moradores e comerciantes prejudicados se reuniram e criaram a Associação Potiguar dos Moradores Atingidos pelas Obras da Copa (APAC), com objetivo de lutar pelos seus direitos perante a lei e conseguir a atenção da mídia.
   As alunas de comunicação social da UFRN, Sylara Silvério, Huldiana Paiva e Larissa Moura, produziram um curta-documentário sobre a situação dessas pessoas. A ideia surgiu a partir de um trabalho para a matéria Linguagem Jornalistica para Rádio, e o vídeo conseguiu grande proporção nas redes sociais.


  Ontem (25) a APAC se reuniu na Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, nas Rocas, para realizar a oficina de comunicação e memória. Os moradores passaram a manhã do domingo discutindo e relembrando os acontecimentos desde a visitas dos agentes públicos aos imóveis. As principais informações foram anotadas e coladas em uma linha do tempo. CONFIRA AS FOTOS NA NOSSA PÁGINA DO FACEBOOK.
   Sylara Silvério, Huldyana Paiva e o professor Ruy Rocha, estavam presentes na reunião para gravarem as discussões e os depoimentos dos moradores. O material audiovisual servirá para o comitê e para um segundo curta-documentário produzido por eles. E o BLOG FALA FOCA estava lá para acompanhar as gravações.

Sylara acompanhou toda a discussão com a câmera na mão
Os moradores gravaram depoimentos de um minuto, contando suas histórias
Além do material publicitário para a Associação, eles começaram a produzir um segundo curta-documentário

 

sábado, 24 de novembro de 2012

#vestibular

    Amanhã começa o vestibular da UFRN. Dentre os 25617 concorrentes, 401 estudantes estão disputando 40 vagas para jornalismo. O BLOG FALA FOCA deseja boa prova para as futuras focas.


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

#FOTO DA SEMANA

Clique não, me dê um pão!




Por Natália Noronha


Acho que essa foto estampou quase todas as campanhas de combate à fome que eu já vi. Também deve ter passeado por entre as páginas de quase todas as minhas apostilas de Geografia do Ensino Fundamental. E vou arriscar dizendo que, realmente, a fotografia se fez a expressão maior da fome na África. Perdão: Kevin Carter a fez.
O fotógrafo de origem sul-africana viajou ao Sudão para testemunhar o que [mais um]a guerra civil tinha deixado (sim, mais uma, porque o país vive em guerra há décadas). Kevin e mais alguns amigos fotógrafos, que formavam o Bang Bang Club, aprontaram seus equipamentos e foram à procura dos melhores cliques para montar uma foto-reportagem. Em uma de suas buscas, Carter se deparou com o que seria o alto (e o baixo) de sua carreira.
Era uma criancinha. Arrastava-se ao chão, parecia agonizar. Sua aparência esquelética era tão gritante quanto sua fome. Logo atrás, um abutre particularmente feio e com cara de vou-te-comer-já-já assistia discreto à criança se arrastar. E, assistindo ao abutre assistir, estava Kevin. Observou uns vários minutos para ver se a ave abria as asas (quem sabe a foto ficaria mais chocante?). Desistiu. Fotografou e foi-se.
A foto ganhou destaque na edição de março de 1993 do The New York Times e foi a responsável pela ascensão de Carter como fotógrafo. Em 1994, Kevin ganhou o Prêmio Pulitzer de Fotografia.

 (Pra você ter uma noção do quanto a foto foi prestigiada, o Pulitzer é a maior premiação do ramo, uma espécie de Oscar da Fotografia. Né coisa fraca não.)

Mas a história não foi tão florida assim, cheia de altos, prêmios, confetes e “vivas!”. A foto foi também o grande baixo de Kevin. Assim como você deve ter se perguntado quando conheceu a história do registro, muitos também se perguntaram por que Kevin Carter não ajudou o garoto.  Por que, sei lá, ele não largou a câmera e o levou a um abrigo? Por que ele se preocupou mais em localizar o melhor ângulo do que em salvar a criança? Kevin foi deveras criticado quanto à sua atitude. Criticado o bastante, talvez, para que meses após ter sido premiado ele se suicidasse. Em junho de 1994, o fotógrafo morreu. Levou seu carro a um local propositalmente escolhido e deixou que uma mangueira levasse monóxido de carbono do escapamento ao interior do veículo.
Tanto quanto sobre sua postura, Kevin também foi perguntado sobre o destino da criança. É de se imaginar o que aconteceu minutos depois do clique. Baseando-se pela aparência do garotinho e pelo olhar vou-te-comer-já-já do abutre, dá pra arriscar que o fim foi de morte para a criança. Mas não, ela não morreu. Sobreviveu à ave e à fome e ainda viveu alguns anos. Segundo seus pais, Kong Nyong morreu há 5 anos, vencido por uma alta febre. Olha aí o pai do menino:
"Abutre comeu coisa nenhuma, rapá!"

Olhe bem, eu não sei o que o fotógrafo realmente sentiu após fazer o clique. Ninguém sabe. Mas todas as fontes que consultei para estudar o caso afirmaram que Kevin ficou depressivo, arrependido, perdido. Imagino... Deve ter se sentido tão vazio quanto a barriga da criancinha. O arrependimento de não ter sido a salvação da criança aliado a seus outros problemas (diz-se que ele tinha problemas com a família e que era depressivo) foram os motivos prováveis de sua queda.
Robert Capa, fotógrafo húngaro e testemunha de muitas guerras, é dono da seguinte frase: Se sua foto não está boa o suficiente, você não está perto o suficiente”. Ele não estava se referindo, acredito, à distância física apenas. Mas sim ao quão estreita pode ser a relação entre o fotógrafo e o caso. Kevin se envolveu tanto com a criancinha, tanto com o abutre, tanto com a criancinha e o abutre que sua foto ganhou prestígio, aplausos e “vivas!”.
Ok, foi um belo de um clique, meu senhor. A foto foi boa, Robert Capa. Mas me responda: esse envolvimento todo e muito é necessário? É conveniente? Tenho de me vestir de profissional apenas, só porque estou sendo pago pra fazer o que sei fazer? Até onde posso ir, enquanto fotógrafo ou fotojornalista? Até quantos minutos posso esperar o abutre abrir as asas? Sexta, no Globo Repórter.

Um longa sobre a carreira dos quatro fotógrafos do Bang Bang Club e sua ida ao Sudão foi lançado em 2010. O filme tem o mesmo nome do grupo e é uma adaptação do livro autobiográfico The Bang-Bang Club: Snapshots from a Hidden War. Olha aí o trailer.


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

4 coisas para morrer juntinho

  Daqui a 30 dias o mundo irá se acabar, talvez uma explosão nuclear ou um meteoro. Ninguém sabe. Mas, como nos resta um mês de vida, o BLOG FALA FOCA já foi pensando nessa data especial. Então, criamos uma pequena lista das coisas que você, foca ou jornalista experiente, deve agarrar e morrer juntinho (Que romântico), confira:

Imagem meramente ilustrativa kkkk

1. Fonte legal:  Aquela fonte que, além de simpática, te ajuda na matéria e disponibiliza dados preciosos sem nem você pedir. Quando encontrar, agarra e não solte mais!
Jornalista quando encontra uma fonte legal

2. Matéria de capa: Chama mãe, pai, tia, papagaio, cachorro e a vizinha chata. SUA MATÉRIA SAIU NA CAPA DO JORNAL!! Sim, seu avô já está providenciando o enquadramento dela e o espaço na parede. Agarra e passa o fim do mundo feliz.
"OMG! A capa é minha!"

3. Jabar: Quem liga para ética jornalística com o mundo prestes a explodir? Chute o pau da barraca e aceite aquele presentinho legal. Dinheiro, comida, viagem, sabonete liquido... cavalo dado não se olha os dentes!
Eles chutaram o pau da barraca. E você?
4. Aumento: Você está acostumado a viver com uma merreca, nada mais justo do que receber um aumento. Não importa se o mundo vai acabar, compra aquela geleia de framboesa francesa que você sempre quis comer e nunca teve dinheiro para isso. Seja rico pelo menos uma vez na sua vida!!
Quem quer aumento?

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Relato de foca

Por Matheus Soares
A cara da recepcionista enquanto eu falava no telefone
    "Bom dia. Meu nome é Matheus Soares, sou repórter do jornal livre, e estou fazendo uma reportagem sobre livros. Posso falar com algum representante da livraria?", era a décima quinta vez que eu repassa o que ia falar. O texto estava na ponta da língua, mas o número da livraria jazia no celular, esperando eu apertar o botão verde. Mas eu não tinha coragem de apertar.
    Nunca gostei de falar pelo telefone, sempre fui monossilábico e dizia apenas o necessário. "Alô. Tudo bem. Não, você ligou para a pessoa errada. Tchau". E agora eu tenho que telefonar para marcar minha primeira entrevista, ainda no primeiro semestre do curso de jornalismo. Mais nervoso impossível.
 Mas eu não podia treinar pela décima sexta vez, eu tinha que ligar. E liguei. "BomdiaMeunomeéMatheusSoaressoureporterdojornalivreeestoufazendoumareportagemsobrelivrospossofalarcomalgumrepresentantedalivraria?". A recepcionista, do outro lado da linha, precisou de alguns segundos para decifrar o que eu tinha acabado de falar. "Você é de um jornal e quer falar com o representante da livraria?", ela perguntou. Afirmei e a simpática recepcionista me repassou para o diretor de marketing da empresa. 
    Enquanto a musiquinha polifônica tocava, tive tempo de respirar e me acalmar. Falei com responsável e marquei uma entrevista para algumas horas depois. Desliguei o telefone, ainda tremendo e com o coração acelerado. Consegui marcar minha primeira entrevista.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

#Citação

Essa semana o meu computador quebrou, foi-se com ele os editores de fotos e os infográficos para o blog. E, como é impossível mexer no Paint (sim, eu tentei!), o jeito é voltar para o manual e produzir tudo de forma simples.
 Em seu livro "A arte de fazer um jornal diário", o jornalista Ricardo Noblat comentou as diferenças entre o jornal impresso e a televisão. Tratando a TV como um meio de audiência e de beleza plástica, ele acredita que os periódicos são capazes de aprofundar socialmente os assuntos, algo que a televisão não se importa em fazer. 


"A maioria dos telejornais dedica tanto espaço as notícias sem muita importância, mas que plasticamente são belas" (Pag. 25)

Ricardo Noblat