terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Os primeiros jornais da humanidade



   Alguns cidadãos se amontoavam na frente do Senado de Roma. Todos estavam ali para ler as tábuas que foram pregadas mais cedo na parede, feitas à mão, contendo as principais notícias políticas, econômicas e sociais do Império Romano. Por elas, a população sabia sobre os decretos, os processos judiciais, as guerras e as mortes. Elas eram chamadas de Actas diurnas, e são consideradas os primeiros jornais da humanidade.
   Os estudiosos apontam seu surgimento no século II A.C. - Possivelmente em 131 A.C. Os escravos e funcionários públicos eram responsáveis por buscar informações e acontecimentos para as diversas Actas que existiam. O próprio Senado romano teve seu periódico próprio, provavelmente confidencial, com os resumos das sessões do órgão público. Ainda existia outro tipo, a chamada Annalis Pontificium, que explanava os principais acontecimentos da história de Roma, e era fixada nos muros da casa do Sumo Pontífice.
Senado Romano
   Em 59 A.C. Julio Cezar disponibilizou para o povo as Actas do Senado, as quais se tornaram populares ao ponto de englobarem as diversas Actas Diurnas que existiam. Após ficarem tempo suficiente na capital, elas ainda eram levadas até as províncias mais distantes, através das grandes e estruturadas redes de comunicação.
   No entanto, com a divisão do império romano e a transferência da capital para Constantinopla, em 330 D.C., as Actas Diurnas deixaram de circular. Pondo fim, assim, aos “jornais” responsáveis pela identidade cultural da sociedade romana.

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