sexta-feira, 30 de novembro de 2012

De raposa para foca

Por Alice Andrade

    O universo da prática jornalística é uma curiosidade constante que nós, estudantes, temos durante o curso. Dúvidas sobre qual área seguir, afinidades dentro do mercado de trabalho e a vontade de conhecer a rotina (ou falta dela) dos profissionais já formados é comum ao longo da graduação. Para dividir um pouco da sua experiência, o jornalista Jorge Talmon foi à UFRN e compartilhou histórias interessantes que viveu.


   Ele é natural de Pernambuco e está feliz com o seu atual trabalho como repórter da InterTV Cabugi, aqui em Natal. No entanto, Talmon nos contou que nem sempre esteve satisfeito assim. Desde o seu primeiro emprego - na Folha de Pernambuco - até onde está agora, o jornalista confessou que já passou por experiências que nem sempre deram certo. Na área do jornal impresso, por exemplo, ele não se encontrou, mas enfatizou a importância de qualquer tipo de aprendizado para o crescimento pessoal.
   Além disso, ele já trabalhou na Globo Nordeste, em Recife; em uma filial em Caruaru; em uma emissora no Rio de Janeiro  e também experimentou se envolver com assessoria de imprensa. Contudo, foi entre câmeras e microfones que Talmon se encontrou.
   “É como andar em uma montanha russa”, ele respondeu ao ser indagado sobre como é entrar ao vivo na TV. “Porém, se você andar de montanha russa todos os dias, o seu organismo se acostuma com aquela sensação, e aí você vai se aprimorando cada vez mais”, acrescentou.
   Foi impossível não rir ao ouvir sua história sobre o dia em que desmaiou ao vivo. Ele não se alimentou pela manhã e foi trabalhar. De repente, no meio de uma entrevista, Jorge percebeu que estava passando mal e entregou o microfone a outra pessoa, desmaiando segundos depois. “Ninguém notou que eu desmaiei, pois apenas o entrevistado estava sendo enquadrado naquele momento”, ele disse. E, depois disso tudo, ele se recuperou e ainda passou a palavra para o apresentador.
   Ao final, a dica que o jornalista deixou para nós, focas, foi não deixar que o estágio atrapalhe os estudos. Para ele, é importante tentar conciliar ambas as tarefas e, principalmente, aprender a escolher as prioridades para que tudo dê certo. A Jorge, desejamos boa sorte e agradecemos a conversa tão produtiva e divertida. Afinal, é legal saber que toda raposa já teve seus dias de foca. 

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