segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Agressão a jornalista

   Semana passada, o blog do Novo Jornal publicou uma matéria - escrita por Marco Carvalho - falando sobre o ataque sofrido pelo jornalista Roberto Guedes no domingo 16. Pelo que parece, a violência contra jornalistas ainda é algo muito corriqueiro também no nosso estado. Roberto foi atingindo por pedradas no município de Caiçara dos Ventos e alegou que isso aconteceu apenas porque exerceu sua profissão sem esconder a verdade, o que incomodou determinado grupo político. Nós, do blog Fala foca, lamentamos o ocorrido em um país que se diz livre à qualquer tipo de expressão, mas não é de fato.
   Confira um trecho da reportagem disponibilizada no blog do Novo Jornal:

Jornalista é vítima de agressão no interior do RN
Marco Carvalho

   O jornalista Roberto Guedes foi vítima de um atentado durante a noite deste sábado (15) no município de Caiçara do Rio dos Ventos, a cerca de 100 quilômetros de Natal. Atingido por uma pedra, Roberto teve o braço fraturado em dois pontos e passou por procedimentos cirúrgicos. Internado no Hospital da Unimed, ele tem situação estável e passa bem.
   A reportagem do NOVO JORNAL o entrevistou no apartamento onde está recebendo atendimento médico na manhã deste domingo. Com o braço enfaixado, Roberto atribuiu o ataque sofrido a um grupo político que está em campanha eleitoral em Caiçara.
   “A minha independência em informar tudo o que sabia não é bem vista. Isso incomoda muita gente em Caiçara”, disse Roberto Guedes. Além do ferimento do braço, Roberto teve o veículo alvo de violência por parte de pessoas que Roberto diz já ter identificado.
   A ocorrência teve início quando o jornalista, que possui residência em Caiçara, se deslocava para a Igreja. “Em virtude dos constantes ataques que pessoas da cidade vinham recebendo, propus uma missa para a pacificação da cidade. Para que aquilo que estava ocorrendo não acontecesse mais”, contou.
Antes de ir à Igreja, Roberto passou pelo posto de gasolina do município, onde teve início as discussões e brigas. Ele diz ter sido cercado por homens que o impediam de deixar o local e passaram a chutar seu carro.
“Eles jogaram um líquido amarelo no para-brisas e eu não conseguia ver nada. Foi quando buzinei e arranquei para escapar daquela confusão. Senti um impacto e eles estão dizendo que atropelei uma pessoa”, relatou. O jornalista reforçou que agiu por instinto de legítima defesa: “Se não tivesse saído de lá da forma que fiz, estaria morto”.
Após fugir do posto de gasolina, Roberto foi mais uma vez cercado na saída da cidade, oportunidade na qual foi atingido por uma pedra. “A pedra quebrou o vidro do lado do motorista e imprensou meu braço contra o volante. Fiquei com muita dor”, disse. Mesmo com o ferimento, o jornalista decidiu sair da cidade e procurar proteção policial.
Ele dirigiu cerca de 70 quilômetros com o braço quebrado até parar no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Macaíba, onde pediu ajuda. O caso foi registrado na Delegacia de Plantão da zona Sul de Natal pelo delegado Custódio Arrais Neto e deverá ser investigado pela delegacia de Caiçara.

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