segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Não sei, mas minha prima disse que eu passei


Por Matheus Soares
    Enquanto a reitora da UFRN anunciava, pelo rádio, os primeiros colocados do vestibular 2012, eu atualizava a página da Comperve e nada aparecia. Já escutava os nomes de alguns amigos que estavam nas primeiras vagas, mas não conseguia olhar se o meu constava na lista geral dos aprovados.
    Corria pela casa, angustiado. E se eu não passar? Minutos antes eu aparecia na televisão, concedendo uma entrevista sobre a expectativa do vestibular à uma emissoa local. Por que eu topei participar? Vou ser o menino confiante que não passou. Mas se eu passar?
    F5 na página. Nada. E agora? Que se dane, me deitarei e só verei o resultado em uma hora. Será que saiu? Corri para o computador e atualizei novamente. “Erro”. Sério, Comperve?
    Minha prima liga. “SÉTIMO, MATHEUS. SÉTIMO”. Sétimo? Sétimo o quê? “Você passou!”.
   Gritei. Pus para fora todos os estresses, as angustias, os medos e os esforços de um ano sofrido. PASSEI! Gritei sem acreditar no que estava acontecendo. Meus pais vieram e me abraçaram, eu consegui.
   “Passou?”, meu avô perguntava. Não sei, minha prima disse que passei. Fui ao computador e, finalmente, pude ver meu nome completo na lista dos aprovados para jornalismo. A partir daquele momento eu era um universitário. 

Um comentário:

  1. Só para constar, passei em sexto, na sua frente. Ótimo relato,reflete o nervosismo de todo vestibulando.

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