quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Especial Watergate: parte 3




Por Matheus Soares
   A administração de Nixon tentou amenizar o caso, alegando pressão demasiada da mídia contra o presidente. Porém, as diversas acusações que circulavam na imprensa foram parar no Tribunal, complicando a situação política do governante americano.
   Em junho de 1973, Dean Alleges, o primeiro assessor da Casa Branca quebrou o silêncio e depôs sobre o caso. Ele alegou que o presidente estava profundamente envolvido e que tinha conhecimento sobre as tentativas de abafar o escândalo. No mês seguinte, um outro funcionário do governo afirmou a existência de um sistema de gravação secreto na sala de Nixon, o qual registrava as ligações e conversas do presidente.
   Após longas negociações, a Casa Branca concordou em liberar apenas os resumos das gravações. Descobriu-se, no entanto, que uma delas fora rasurada. Nixon já não detinha a mesma credibilidade. Mesmo assim, o presidente não cedia às acusações. Defendia-se dizendo que tudo não passava de uma conspiração e que não tinha conhecimento sobre o escândalo.
   O ano de 1974 já se estendia, quando o próprio governante liberou uma transcrição de 1.200 páginas, contendo as conversas dele com os assessores. Nem seus advogados conseguiram defendê-lo disso. Mais tarde também seriam divulgadas outras gravações.
   Em julho do mesmo ano foi aprovado o Impeachment do presidente americano. Nixon era culpado.
   No oitavo dia de agosto, os norte-americanos acompanharam a transmissão televisionada do discurso de renuncia do presidente.
“Eu lamento profundamente qualquer injúria que possa ter feito no curso dos eventos que levaram a essa decisão”
   Essa foi a lastimada fala de Nixon, o primeiro presidente a renunciar o cargo na história dos Estados Unidos

O QUE RESTOU AFINAL?

   Após todo o escândalo e julgamento do caso Watergate, Nixon ensinou aos americanos que um presidente também comete erros e que deve respeitar a justiça do país como qualquer outro cidadão. O congresso dos EUA passou a regular as atividades da CIA e do FBI, evitando abusos de poder das agências de segurança.
   E para o jornalismo, a história dos dois repórteres do Washington Post serviu de motivação para os diversos alunos de comunicação social da época. Muitos acreditam que o Watergate inaugurou a época de ouro do jornalismo investigativo.

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